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Votorantim,10/05/2025

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    Histórias da Minha Cidade: Vila da Light, no pé da Serra de São Francisco (Edição: Werinton Kermes)


    Histórias da Minha Cidade: Vila da Light, no pé da Serra de São Francisco (Edição: Werinton Kermes) Campo de futebol e a sede da vila

    A barragem da Represa de Itupararanga foi construída entre 1911 e 1914 pela empresa canadense São Paulo Tramway, Light & Power Company, popularmente conhecida como Light, aproveitando o grande declive existente para garantir o armazenamento de volume de água bruta para abastecimento populacional e geração de energia hidrelétrica.


    Mais abaixo, foi construída a Usina da Light. Nesse local cercado de montanhas, em meio a vegetação e belezas naturais, também foi constituído um núcleo de cerca de 70 casas, com a intenção de fixar funcionários e seus familiares para manter o funcionamento da usina. Assim se formou mais um bairro operário de Votorantim, a Vila da Light.


    Desde a década de 10 e até o final dos anos 90, muitas famílias viveram nesse ambiente totalmente distante dos outros bairros. Em 1974 a usina foi adquirida pela Companhia Brasileira de Alumínio (CBA) pertencente ao Grupo Votorantim. Logo começou a pedir às famílias que deixassem aos poucos e por etapas o bairro.


    Era um lugar muito tranquilo, que tinha vida própria, ali existia a Escola Primária de Itupararanga e quando os alunos atingiam certa idade eram transportados por um micro-ônibus, o popular “Porcão”, para outras escolas de Votorantim e Sorocaba.


    Também havia o São Paulo Eletric Football, time que foi fundado por engenheiros estrangeiros que ali moraram e garantia um pouco de entretenimento nos finais de semana.


    Havia ainda um playground, a capela e um grande atrativo, a cachoeira São Francisco, com um salto de 50 metros de altura e logo abaixo as piscinas naturais formadas no leito das águas que seguiam em direção a Prainha, em Santa Helena.


    Todos vivendo na segurança de um lugar pacato e que mais parecia um condomínio. Além dos moradores, só tinham acesso os familiares e amigos com nomes deixados na portaria da fábrica Santa Helena e em outra de acesso ao bairro operário.


    Poucas são as imagens que marcam a interação no bairro, parte das casas foi demolida e outra parte está tomada pelo mato.


     


    Cesar Silva é jornalista e autor de três livros sobre a história local - Visite a Fanpage: Histórias da Minha Cidade –Votorantim


     


    Coluna publicada na página 14 da edição nº329, do jornal Gazeta de Votorantim, de 10 a 16 de agosto de 2019.






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