Coluna Gestão em Pauta - Síndrome de Burnout: O preço do esgotamento profissional

Por Silvio Fernandes*
A síndrome de Burnout, conhecida como Síndrome do
Esgotamento Profissional, tornou-se um dos maiores desafios da vida moderna.
Mais do que simples cansaço, trata-se de um estado de exaustão física, mental e
emocional causado pelo estresse crônico no trabalho. O resultado é devastador:
perda de motivação, queda de produtividade, crises de ansiedade e até problemas
de saúde graves.
Esse distúrbio não surge de repente. Ele se constrói pouco a
pouco, no acúmulo de prazos apertados, sobrecarga de funções, falta de
reconhecimento e ambientes tóxicos. Profissionais que atuam diretamente com
pessoas – como médicos, professores e assistentes sociais – estão entre os mais
vulneráveis, mas ninguém está imune. A pressão constante, associada à ausência
de equilíbrio entre vida pessoal e profissional, é terreno fértil para o
Burnout.
Os sinais são claros: irritabilidade, isolamento,
dificuldade de concentração, sensação de fracasso e desânimo. Quando ignorados,
esses sintomas podem levar a consequências sérias para a saúde mental e física.
Por isso, reconhecer os primeiros indícios é essencial para evitar que o
problema se torne crônico.
A boa notícia é que a prevenção é possível. Estabelecer
limites entre trabalho e vida pessoal, cultivar hábitos saudáveis, buscar apoio
emocional e investir em práticas de autocuidado são medidas que fazem
diferença. Além disso, conversar com profissionais especializados pode ajudar a
ressignificar o estresse e desenvolver estratégias de enfrentamento.
Mais do que nunca, é preciso compreender que produtividade
não significa viver no limite. O verdadeiro sucesso está no equilíbrio:
trabalhar com dedicação sem perder a qualidade de vida. Cuidar da saúde mental
não é luxo, é necessidade. Afinal, só quem está bem consigo mesmo consegue dar
o seu melhor em qualquer ambiente profissional.
*Silvio Fernandes é consultor de empresas e de serviço públicos
em desenvolvimento de liderança.
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