Sindicato quer explicações sobre protocolo adotado pela Prefeitura de Sorocaba para tratar a Covid
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O Simesul (Sindicato dos Médicos de Sorocaba e Cidades da Região) vai protocolar um requerimento, na segunda-feira (22), na Secretaria Municipal de Saúde, solicitando detalhes sobre o tratamento precoce contra a Covid-19 anunciado e adotado, nesta sexta-feira (19), pela Prefeitura de Sorocaba.
O presidente do Sindicato, Eduardo Vieira, explica que o mesmo documento vai pedir que os médicos que atendem nas unidades básicas de saúde do município não sejam obrigados a prescrever os medicamentos, já chamados de kit contra o coronavírus.
As reivindicações do Simesul estão embasadas em trabalhos científicos e também em resoluções da Sociedade Brasileira de Infectologia. Estes estudos atestam: os remédios que serão disponibilizados à população não têm efeito frente à doença.
O médico Eduardo Vieira também destaca que a cada cem pessoas infectadas pelo vírus, 85 vão ter sintomas leves. Assim, vão melhorar de qualquer forma, mesmo sem tomar os medicamentos indicados no protocolo da prefeitura.
O presidente do Simesul acrescenta: “Pode parecer que a melhora do paciente resulta do tratamento chamado precoce, o que abre espaço para que outros tratamentos sem eficácia sejam vistos como bons. Isso cria uma falsa sensação de segurança, levando a desrespeito das demais medidas protetivas, como o isolamento social, a higienização com álcool em gel e o uso de máscaras”.
Conforme a Secretaria de Saúde de Sorocaba, a prescrição do tratamento precoce da Covid-19 vai contar com Azitromicina e Ivermectina. “O Brasil é um dos poucos países do mundo que ainda está discutindo este tipo de tratamento”, conclui Eduardo Vieira.
Assessoria de imprensa
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