Fernando lidera pesquisa eleitoral em Votorantim
Pesquisa do Ipeso mostra Fernando na liderança e com menor rejeição

Valdinei Queiróz
Pesquisa de intenções de voto, após a realização de dois debates entre os candidatos à Prefeitura de Votorantim, realizada entre os dias 17 e 20 deste mês, aponta, por respostas estimuladas – quando apresenta-se os nomes dos concorrentes -, o administrador de empresas Fernando Oliveira Souza (DEM) na liderança na disputa da administração municipal, com 41,1%, segundo o Instituto de Pesquisa de Sorocaba (Ipeso). Em segundo lugar aparece o candidato pelo PDT, empresário Jair Cassola, com 32,3%. Como a margem de erro projetada é de 5,5% para mais ou para menos, ambos estão tecnicamente empatados.
Em terceiro lugar está o comerciante Carlos Mineiro (PSDB), com 6%, seguido pelo professor e advogado Rodrigo Chizolini (PSOL), com 3,8%. A pesquisa estimulada apontou ainda que 10,4% dos eleitores entrevistados se a eleição fosse hoje votaria em branco ou nulo e outros 6,3% não souberam responder.
Já o índice de rejeição, na pesquisa estimulada, mostrou que Jair Cassola tem a maior rejeição com 26,3%, seguido pelo Carlos Mineiro, com 19,9%; Chizolini, 16,5%; e Fernando com menor índice de rejeição 8,9%.
A pesquisa foi elaborada pelo Instituto de Pesquisa de Sorocaba (Ipeso), sob encomenda do jornal Gazeta de Votorantim, através da Editora Provocare Editora e Comunicação Ltda e registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o número SP-08939/2016, em 16 de setembro de 2016. Foram ouvidos 316 eleitores moradores de Votorantim, com idades a partir de 16 anos, entre os dias 17 e 20 deste mês e apresenta uma margem de erro de 5,5% com 95% de nível confiança.
Dados da pesquisa estimulada
A pesquisa estimulada ainda apontou que 38,3% dos homens disseram que votariam em Fernando; Cassola, 31,2%; Mineiro, 5,2%; e Chizolini, 3,2%. Das mulheres, 43,8% pretendem direcionar seu voto em Fernando; Cassola, 33,3%; Mineiro, 6,8%; e Chizolini, 4,3%.
No que diz respeito à faixa etária, de 16 a 24 anos, Fernando tem 44,7%; Cassola, 29,8%; Mineiro, 10,6%; e Chizolini, 2,1%. De 25 a 59 anos, o candidato do DEM segue na frente, com 41,2%; Cassola, 31%; Chizolini, 5,1%; e Mineiro, 4,6%. De 60 anos ou mais, o concorrente pelo PDT, Cassola, está na frente, com 39,6%; Fernando, 37,7%; Mineiro, 7,5%; e Chizolini, 0%.
Sobre a escolaridade, com Ensino Fundamental, Fernando, 38,1%; Cassola, 36,1%; Mineiro, 6,2%; e Chizolini, 2,1%. Com Ensino Médio: Fernando, 43,5%; Cassola, 30,4%; Mineiro e Chizolini têm 5%. Em nível superior: Fernando, 39,7%; Cassola, 31%; Mineiro, 8,6%; e Chizolini, 3,4%.
Em relação à classe social, Fernando tem 37,5% na classe alta, seguido de Cassola, com 31,3%; Mineiro, 6,3%; e Chizolini, 4,7%. Já a classe média: Fernando, 41,2%; Cassola, 31,6%; Mineiro, 5,6%; e Chizolini, 3,4%. Enquanto a classe baixa: Fernando, 44,9%; Cassola, 33,3%; Mineiro, 7,2%; e Chizolini, 2,9%.
Por zoneamento. Na Zona Norte: Fernando, 46,2%; Cassola, 26,9%; Mineiro e Chizolini têm 5,4%. Já na Sul: Fernando, 52,2%; Cassola, 20,3%; Mineiro, 5,8%; e Chizolini, 1,4%. Enquanto a Leste: Fernando, 42,3%; Cassola, 32,7%; Chizolini, 3,8%; e Mineiro, 1,9%. E na Oeste: Cassola, 45,1%; Fernando, 28,4; Mineiro, 8,8%; e Chizolini, 3,9%.
Falta de conhecimento
Já na pesquisa de intenção de voto espontânea, aquela em que o eleitor diz em quem votaria sem a apresentação de nomes por parte dos pesquisadores, o resultado apontou que 26,9% dos entrevistados não souberam responder a seguinte pergunta: "Se a eleição para prefeito de Votorantim fosse hoje, em quem você votaria?". Outros 16,5% disseram que votariam em branco ou nulo. Dos postulantes ao Executivo, Fernando teve 22,5%; Cassola, 22,8%; Mineiro, 2,8%; e Chizolini, 1,9%. E 0,6% citaram nomes de pessoas que não estão concorrendo ao cargo majoritário.
Rejeição
Na pesquisa estimulada, quando os nomes dos candidatos foram mostrados aos eleitores, Cassola tem a maior rejeição, com 26,3%; Mineiro, 19,9%; Chizolini, 16,5%; e Fernando, 8,9%. Não soube responder: 22,8%; e branco ou nulo: 5,7%.
Já na espontânea, sem a apresentação dos nomes dos postulantes ao Executivo, Cassola segue em primeiro, com 15,5% de rejeição. Mineiro, por sua vez, 11,7%. Em seguida, Fernando, com 7%. E Rodrigo Chizolini, com 3,8%. De branco ou nulo: 7,9%. E 48,1% não souberam responder. Outros nomes que não estão na disputa foram citados por 6% dos entrevistados.
Outras perguntas
Outro questionamento direcionado ao leitor foi: “Qual desses candidatos do cartão você acha que vai vencer a eleição para prefeito de Votorantim? (favoritismo)”. Nessa pesquisa, Cassola ficou em primeiro, com 42,4%; Fernando, 36,7%; Chizolini, 1,6%; e Mineiro, 1,3%. Não souberam responder: 17,7%. E branco ou nulo: 0,3%.
Também foi perguntado: “Como você avalia o governo do prefeito de Votorantim, Erinaldo Alves da Silva?”. Dos entrevistados, 34,8% responderam péssimo; 30,7% disseram regular; 16,5% ruim; 12,3% apontaram como bom; 1,6% como ótimo. Não souberam responder: 4,1%.
Além disso, o entrevistado teve que responder: “Você saberia dizer quais os candidatos que vão disputar a vaga de prefeito em Votorantim?”. Jair Cassola teve 75,6%; Fernando, 73,1%; Mineiro, 39,6%; Rodrigo Chizolini, 16,1%. Não souberam responder: 17,1%; outros nomes: 5,4%.
A última questão formulada pela Ipeso foi: “Escolha duas coisas em que a prefeitura precisa investir mais”. A saúde ficou em primeiro, com 73,1%; educação, 38,9; empregos, 38,3%; segurança, 19,6%; moradia, 12,3%; asfalto, 6%; água e esgoto, 5,1%; transportes, 4,1%; e iluminação, 2,2%.
Intenção da pesquisa
Para o jornalista responsável da Gazeta de Votorantim e diretor de conteúdo da TV Votorantim, Werinton Kermes, é a primeira vez que a Gazeta encomenda e publica uma pesquisa de intenções de voto com os candidatos a prefeito de Votorantim, já que o jornal surgiu em 2013. “Com essa publicação, a Gazeta segue crescendo e tornando-se a cada ano uma referência em jornalismo na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS).” Sobre os dados, Kermes escolheu fazer a pesquisa com o Ipeso justamente pela credibilidade com os números apresentados. “Percebe-se nos dados, principalmente nos gráficos, cada detalhe que foi trabalhado pela empresa.” Kermes ainda ressalta que a pesquisa não traz os resultado das urnas, e sim um indicador daquilo que expressa o eleitorado nesta semana que antecede o dia da eleição. “O resultado das amostras também serve para aos partidos, que poderão embasar o trabalho e estratégias nesta reta final de campanha e é um assessório importante da cobertura jornalística, que leva um parecer fiel sobre como está a disputa dos votos em Votorantim”, concluiu.
Metodologia
Durante a pesquisa, os bairros de Votorantim foram divididos em setores. Cada um deles foi sorteado ruas e, depois, houve outro sorteio para definir em média três domicílios. Em cada residência, foi entrevistado um único morador de acordo com a cota de sexo e idade definida para a amostra. A amostra total compreende 316 entrevistas pessoais domiciliares e apresenta uma margem de erro de 5,5% com 95% de confiança.
Para a coleta dos dados, foram utilizados questionários impressos, estruturados não disfarçados. Cada entrevista corresponde a um questionário. Quando o respondente não quis emitir a sua opinião sobre uma pergunta ou apresentou-se indeciso ou não se lembrou, foi anotada no questionário a opção não sabe responder. Nas perguntas de resposta estimulada, foi entregue ao eleitor um cartão de estímulo contendo os nomes dos candidatos para que o eleitor possa escolher entre os nomes do cartão. Se o eleitor se declarasse analfabeto ou deficiente visual, o entrevistador leria em voz alta as alternativas do cartão duas vezes para que o eleitor pudesse escolher entre os nomes que ouvir.
Ao término do trabalho de campo, foram sorteados 25% dos questionários realizados e, posteriormente, feita checagem telefônica das respostas. Nenhum engano foi constatado.
O diretor geral do Ipeso, Victor Trujillo, que também professor universitário de Pesquisa de Comunicação, explicou que o instituto de pesquisa possui experiência e tem credibilidade comprovada. “O Ipeso é uma empresa de pesquisa de mercado e opinião pública. Realiza pesquisas em todo o Brasil e atua também nas eleições prestando o serviço de pesquisas de intenção de voto. Com grande experiência e ilibada reputação, atende regionalmente os veículos de comunicação com rigor metodológico e a seriedade de uma empresa que pauta seus trabalhos na ética e não vive em função das campanhas eleitorais. O Ipeso tem 25 anos de mercado e trabalhou nas últimas 13 eleições. Sabemos que as eleições passam e a reputação fica”, disse o professor.
Trujillo ainda resumiu o processo da pesquisa na cidade de Votorantim, até o encontro do resultado final. “Inicialmente toda a zona urbana da cidade de Votorantim é dividida em setores. Dentro de cada setor são sorteadas ruas, e nas ruas sorteados os domicílios. Os sorteios múltiplos garantem uma amostra probabilística, ou seja: todos os eleitores residentes na zona urbana de Votorantim têm a mesma probabilidade de serem entrevistados. Após a realização das entrevistas nos domicílios, os questionários são trazidos até a sede do Ipeso para crítica, checagem e digitação. Após a digitação há uma conferência da digitação e então é feita a tabulação dos resultados. Todas as etapas são realizadas com rigor metodológico para que os resultados representem perfeitamente o universo de eleitores de Votorantim”, explicou o diretor geral do Instituto.
Questionado se a pesquisa são um reflexo do que vai ocorrer nas urnas, Trujillo é enfático em afirmar que não pode ser observada desta forma. “As pesquisas servem apenas para sinalizar a opinião dos eleitores. Pesquisa é pesquisa, eleição é eleição. A convicção e preferência dos eleitores vai se construindo até o dia das eleições. Alguns eleitores decidem somente na momento de votar, quando estão cara a cara com a máquina de votar. A eleição será definida no dia da votação. Até lá, com os resultados das pesquisas temos apenas indicações sobre como os eleitores planejam votar. Por isso se chama pesquisa de intenção de voto, pois revela a intenção dos eleitores de se comportarem de um jeito no futuro. Até lá tem campanha nas ruas”, finalizou.
Reportagem publicada nas páginas 3, 4 e 5 da edição 187 da Gazeta de Votorantim de 24 a 30 de setembro de 2016
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