Coluna Jogadores famosos que deixaram saudades - Tostão (Por Jesus Rodrigues)
Mineirinho de Ouro

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Pouco tempo de carreira foi o suficiente para Tostão conquistar a admiração e o respeito dos brasileiros.
Carismático, era dono de um estilo técnico e possuía privilegiada visão de jogo.
As novas gerações, que viram Tostão apenas como comentarista de TV muitos anos depois de largar os gramados, não imaginam a importância desse atacante na conquista da Copa do Mundo de 1970, no México.
Não era um goleador nato – na Copa fez apenas dois gols contra o Peru – mas participava de quase todas as jogadas ofensivas, deslocando-se no espaço vazio ou encontrando um companheiro livre com toques de primeira.
Antes do México, Tostão já havia jogado a Copa de 1966, na Inglaterra.
Diante da fraca participação brasileira, até que não se saiu mal: jogou só uma partida e fez um gol.
Em dez anos como profissional, jogou em apenas dois clubes, o Cruzeiro, do seu Estado natal, Minas Gerais, e o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro.
Começou a carreira como juvenil no América (MG).
Tostão, ao lado de Dirceu Lopes, formou um dos melhores meio-de-campo do time do Cruzeiro.
Seu currículo na seleção brasileira assinala 63 partidas e 32 gols. No dia 05 de julho de 1973, com apenas 26 anos de idade abandonou o futebol. O motivo: um deslocamento na retina causada por uma bolada do zagueiro Ditão, do Corinthians.
Do futebol, Tostão foi estudar medicina. Virou o Dr. Eduardo Gonçalves de Andrade e durante muitos anos ninguém mais ouviu falar dele.
Voltou a ser comentarista de TV na Copa de 1994, usando óculos de lentes grossas e um físico não muito propício à prática esportiva.
Mesmo assim, continuou sendo reverenciado como o grande Tostão dos velhos tempos. Tostão está hoje com 73 anos.
Coluna publicada na página 16, da edição nº 388 da Gazeta de Votorantim, de 31 de outubro a 06 de novembro de 2020
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