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Por Prof. Jesus Rodrigues

Nos anos 1930, Waldemar Fiúme trabalhava com o pai Italiano, na tipografia da família, mas escapava sempre que podia para jogar nos campos de várzea do Glicério, escola natural de craques da Paulicáia.

Em 1941. Foi para seu primeiro e único time como profissional, o ainda: Palestra Itália, conhecido ano seguinte como Palmeiras.

Waldemar foi craque como meia, zagueiro e volante. Por ser tão versátil, virou o Pai da Bola.

É o quarto jogador do Palmeiras em número de jogos disputados (601).

Estava no time que ganhou a Copa Rio de 1951, considerada um título mundial. Foi campeão Paulista em 1942, 1944, 1947 e 1950 e do Rio São Paulo em 1951.

Terminou a carreira em um empate contra o São Paulo, no dia 17 de setembro de 1958. No fim do jogo, deu uma volta olímpica e foi chamado para uma grande surpresa, a inauguração de seu busto dourado nos jardins do Parque Antártico. Aposentou-se do futebol e foi cuidar da gráfica da família, junto com seu irmão.

Problemas de circulação deram um fim tragicamente simbólico ao Pai da Bola. Decorrente da doença, ele teve que amputar as duas pernas antes de falecer, em 06 de novembro de 1996, aos 74 anos.

Resumo de um jornal paulistano, no dia de sua aposentadoria: “Dono de incomum consciência de jogo, Fiúme aliava a sua classe inegável a fibra e o “coração” dos amadores, sempre aparecendo como um dos mais lutadores craques do Palmeiras, qualquer que fosse a forma por que passasse a equipe.

Coluna publicada na edição 492 da Gazeta de Votorantim de 26/11/2022