Coluna cerca-lourenço de 19/04/2025

Prefeitura silencia diante de questionamentos sobre uso da Praça na Festa Junina
A parceria entre a Prefeitura de Votorantim e a iniciativa privada para a realização da Festa Junina 2025 tem gerado dúvidas entre leitores e munícipes atentos à transparência do uso do espaço público. Entre os principais questionamentos estão:
-Qual é o valor da locação da Praça Lecy de Campos por dia?
- Por quanto tempo o espaço foi locado?
- Como o valor arrecadado com a locação será empregado pela Prefeitura?
- A rua lateral, no trecho em frente à igreja, também foi incluída no contrato de locação?
- Haverá cobrança de impostos sobre os serviços prestados durante o evento?
Apesar da relevância das perguntas, passados mais de vinte dias desde o envio formal dos questionamentos, a Assessoria de Comunicação da Prefeitura ainda não forneceu nenhuma resposta. A falta de retorno reacende o debate sobre a transparência da administração pública em contratos e parcerias que envolvem espaços e recursos do município.
Enquanto isso, a expectativa é por esclarecimentos que demonstrem responsabilidade e transparência na gestão e respeito ao princípio da publicidade, previsto na Constituição.
Diego da Padaria propõe a retomada da AGERV e reacende debate sobre fiscalização dos serviços públicos em Votorantim
Na sessão ordinária da Câmara Municipal de Votorantim, realizada na última terça-feira (15), o vereador Diego da Padaria (Podemos) surpreendeu ao trazer de volta à pauta um tema que, para muitos, parecia superado: a extinta AGERV – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Município de Votorantim. Diego propôs a reativação da agência municipal, reafirmando a importância de uma fiscalização mais próxima e efetiva sobre os serviços públicos delegados, especialmente o abastecimento de água e o saneamento básico.
Criada em 2011 pela Lei Municipal nº 2.202, durante a gestão do então prefeito Carlos Augusto Pivetta, a AGERV tinha como missão regular, fiscalizar e garantir a qualidade dos serviços públicos prestados por concessionárias na cidade. Contudo, em 1º de setembro de 2021, a agência foi oficialmente extinta após aprovação da Câmara Municipal e decisão da ex-prefeita Fabiola Alves, sendo substituída pela Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (ARES-PCJ).
À época, os vereadores Thiago Schiming, Rogério Lima e Cirineu Barbosa argumentaram que a AGERV não dispunha de corpo técnico qualificado e que a adesão à ARES-PCJ representaria maior estrutura e eficiência. O projeto de extinção foi aprovado com oito votos favoráveis: Pastor Lilo, Cesar Silva, Cirineu Barbosa, Gaguinho, Mauro dos Materiais, Murilo Piatti, Rogério Lima e Thiago Schiming Apenas dois vereadores se posicionaram contra a proposta: Ita e Luciano Silva, que defenderam a autonomia municipal e a importância de uma fiscalização local.
Coincidência ou reação? Visita da ARES-PCJ ocorre um dia após críticas na Câmara
Coincidência ou não, a visita da ARES-PCJ (Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) ao gabinete do prefeito de Votorantim, Weber Manga (Republicanos), na última quarta-feira (16), gerou questionamentos nos bastidores políticos da cidade. Isso porque, na sessão da Câmara realizada no dia anterior (15), vereadores fizeram duras críticas à extinção da AGERV – Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados do Município, que atuava como elo entre os consumidores e a concessionária Águas de Votorantim.
Desde agosto de 2021, quando a AGERV foi oficialmente extinta e substituída pela ARES-PCJ, o tema tem sido alvo constante de debates e críticas. Um dos principais pontos levantados pelos parlamentares é o fato de a nova agência não ter uma relação direta e permanente com o município, o que, segundo eles, compromete a fiscalização e a transparência dos serviços de prestado.
Segundo nota oficial, o objetivo da visita da ARES-PCJ teria sido “fortalecer o diálogo com a administração municipal e alinhar futuras ações conjuntas para o aprimoramento dos serviços públicos”. No entanto, para alguns observadores políticos, a visita repentina logo após as críticas na Câmara soa mais como um gesto de contenção de danos e uma resposta indireta à insatisfação demonstrada pelo Legislativo.
Pressionado, prefeito apresenta proposta
Sindicato convoca servidores para deliberar sobre reajuste
Após nova manifestação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais no início desta semana, o prefeito de Votorantim, Weber Manga (Republicanos) cedeu à pressão e apresentou uma proposta de reajuste salarial à categoria. A diretoria do Sindicato havia criticado publicamente a falta de diálogo da gestão com relação à campanha salarial de 2025, chegando a cogitar ações legais e até uma eventual paralisação dos serviços públicos.
Diante da mobilização e da repercussão, o prefeito convocou, na quinta-feira (17), o presidente do Sindicato, Sílvio Cavalheiro, e o assessor jurídico da entidade, Dr. Passareli, para uma reunião. No encontro, Weber formalizou uma proposta de reajuste.
Agora, para dar continuidade ao processo de deliberação, o Sindicato convoca assembleia geral para o dia 22 de abril, às 17h30, no Auditório Municipal, onde a categoria deverá decidir se aceita ou não a proposta patronal apresentada pela Prefeitura.
Na mesma manhã de quinta-feira, um grupo de servidores realizou um ato na sede da Secretaria de Serviços Públicos (Sesp), pressionando o secretário da pasta, Rodrigo Peralta. A movimentação serviu como mais um sinal claro de que a categoria exige valorização e respostas concretas da administração municipal.
Tarcísio recua e cancela instalação de quatro pedágios em Sorocaba após pressão política e popular
O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou o cancelamento da instalação de quatro pórticos de pedágio eletrônico (modelo "free flow") que estavam previstos para Sorocaba a partir de 2026. A decisão foi tomada após forte pressão da sociedade civil, cobertura da imprensa local e articulação de parlamentares da região.
Entre os deputados que atuaram diretamente junto ao governo estadual para barrar a medida estão Danilo Balas (PL), Maria Lúcia Amary (PSDB) e Carlos Cézar (PL). Eles reivindicaram pessoalmente ao governador a exclusão dos pórticos que afetariam diretamente a mobilidade urbana e a economia local.
Os pedágios cancelados que seriam instalados:
Em dois trechos da Rodovia Raposo Tavares (SP-270), entre a Rodovia João Leme dos Santos (SP-264) e a Rodovia Dr. Celso Charuri (SPA-91/270);
Em um ponto da Rodovia Dr. Celso Charuri (SPA-91/270);
E outro na Rodovia Castelinho (SP-075), entre a Charuri e a entrada de Sorocaba.
Com isso, o total de pórticos na região foi reduzido de 13 para 9. Apesar do recuo, o governo mantém o modelo de cobrança eletrônica com promessa de tarifas mais acessíveis e desconto para trechos curtos. A praça de pedágio de Alumínio também será desativada.
Condomínios de alto padrão e a imagem pública de Votorantim
Imagem ilustrativa
Votorantim vive um momento de transformação urbana e social. O número crescente de condomínios de alto padrão instalados em seu território tem chamado a atenção de investidores e de famílias em busca de imóveis com segurança, qualidade de vida e proximidade com os grandes centros. Esses empreendimentos, muitos deles voltados para um público de alto poder aquisitivo, vêm consolidando o município como um destino atrativo do mercado imobiliário regional.
No entanto, essa realidade traz reflexos que vão além da valorização do solo urbano e do aquecimento da construção civil. No início deste mês, uma operação da Polícia Federal colocou Votorantim nos principais noticiários do país, em mais um episódio em que a cidade teve sua imagem associada a investigações de corrupção, lavagem de dinheiro e uso de laranjas para ocultar patrimônio.
Não é a primeira vez. Em outras ocasiões, o nome de Votorantim também apareceu nos noticiários nacionais em reportagens de tom negativo — quase sempre ligado a personagens influentes, alvos de investigação, que aqui mantêm residência em condomínios de luxo, mas sem vínculo histórico, afetivo ou social com a cidade. São moradores em busca de segurança, sigilo e tranquilidade, elementos que, paradoxalmente, acabam sendo prejudicados pelas próprias manchetes que protagonizam.
O mais preocupante, no entanto, é que em muitas dessas reportagens — extensas, detalhadas, e com repercussão nacional — não se dedica sequer uma linha para esclarecer que tais indivíduos não têm qualquer relação com a sociedade votorantinense. São nomes que figuram nos noticiários apenas por utilizarem a cidade como endereço de conveniência, seja para residência, seja para registro de empresas ou movimentações patrimoniais.
Cabe à imprensa local, às autoridades e à sociedade civil reiterar: Votorantim não deve ser confundida com quem apenas a utiliza como palco de conveniência. A cidade é feita de gente honesta, trabalhadora e acolhedora, que merece ter sua história contada com verdade e responsabilidade.
Vereador e GCM discutem na encenação da Paixão de Cristo em
Votorantim
Crédito: Kevyn Griffo
Enquanto a encenação da Paixão de Cristo era realizada no
ginásio de esportes do bairro Mirante dos Óvnis, em Votorantim, na noite desta
sexta-feira (18), um incidente envolvendo o vereador Fernando Fernandes e o guarda
civil municipal Leonardo Freitas (ex-comandante da GCM) chamou a atenção de
quem estava na área externa do evento.
Segundo relatos de testemunhas, o vereador, ao avistar o
guarda municipal, teria se dirigido a ele com ironia, perguntando por que não o
levaria novamente à delegacia — em referência a um episódio ocorrido em 2021,
quando, ainda não exercendo mandato, foi conduzido à delegacia sob a acusação
de ter invadido a Unidade de Pronto Atendimento do Parque Jataí.
A discussão foi apartada por um voluntário de uma barraca que
estava próximo e percebeu a tensão se agravando. Apesar do embate verbal, a
situação não evoluiu para agressões físicas.
Atenção
A Gazeta de Votorantim informa que não se responsabiliza pelos comentários realizados por terceiros em suas matérias jornalísticas. As opiniões expressas são de inteira responsabilidade de seus autores.
Lembramos que ofensas, acusações infundadas e assédio moral configuram crime, sujeito às penalidades previstas em lei.
COMENTÁRIOS