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Votorantim,17/07/2025

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    Toninho Teles revela Tradições e Causos Caipiras no Programa “Lembranças de Votorantim”


    Toninho Teles revela Tradições e Causos Caipiras no Programa “Lembranças de Votorantim”

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    No último dia 24 de abril, o Programa “Lembranças de Votorantim”, idealizado pelo historiador Jesse James dos Santos e transmitido pela TV Votorantim, proporcionou um encontro especial com o violeiro Antônio Paulino Teles, mais conhecido como Toninho. O bate-papo, permeado de tradições e causos caipiras, revelou aspectos marcantes da vida e cultura do interior paulista.



    Nascido em 07/08/1953, na cidade tropeira de Porangaba, no interior de São Paulo, Toninho cresceu imerso em um ambiente rico em vivências rurais. Filho de Horacio Teles e Aparecida Martins, sua infância foi repleta de travessuras típicas, desde brincadeiras comuns como jogar bolinhas de gude e soltar pião, até episódios inusitados como corridas de gatos com amigos.



    Uma das lembranças mais vívidas de Toninho remonta à sua infância, quando, munido de criatividade, confeccionava violas com linha indiana de pesca. Essa prática, no entanto, encontrava resistência, pois sua avó dizia “Olha mais um vagabundo”, referindo-se a ele com a violinha na mão e ele nos relata que os mais velhos diziam “Filho de pobre não podia tocar viola, era só filho de fidalgo. A gente ficava nervoso e fazia violinha de madeira”. Essas memórias de desafio e superação permeiam sua música até os dias de hoje. Quando seu pai ia pescar descobria que aquela linha que Toninho e os irmãos usavam era de sua vara de pescar. Onde Toninho nasceu, já não existem mais as casas e neste período de sua infância ele lembra do dia que encontrou uma cobra bem diferente, muito bonita como se fosse feita de bolinha de gude



    As histórias de Toninho também nos conta sobre personagens do nosso folclore como o Saci que transava a crina dos cavalos e quando era o casal de Saci era pior, eles aprontaram muito, também nos contou sobre o Lobisomem que se uma família tiver 7 filhos homens, o primeiro filho tem que batizar o último, se não for feito este último vira lobisomem, esta é uma lenda já registrada em Votorantim no passado, assim como outros fatos do nosso folclore.



    Além das lembranças pessoais, Toninho compartilha narrativas folclóricas da região, como a presença misteriosa do Saci e do Lobisomem, enriquecendo o repertório cultural da comunidade. Sua trajetória em Votorantim, iniciada aos 21 anos, indo morar no Bairro Rio Acima, logo teve ajuda do ex-prefeito Pedro Augusto Rangel dando emprego na sua chácara, para trabalhar na roça e depois conseguiu entrar para trabalhar no Votocel; Logo começou a tocar com seu João Strombeck durante a vinda da bandeira do Divino, depois começou a fazer as aulas de viola no Aquário Cultura e ingressando na Orquestra de Viola, regida por Ricardo Anastácio, que o levou a representar a cidade em diversos eventos culturais pelo estado. Toninho nos conta que na folia de reis, que introduziram a viola e aí veio São Gonçalo, afinando a viola, por isso o São Gonçalo é o Santo Padroeiro dos violeiros. Anos depois, com o fim da Orquestra de Viola. Toninho sempre muito ativo, formou com seus companheiros o Grupo de Viola Caipira “São Gonçalo” de Votorantim e juntos participaram representando a cidade em diversos eventos como Quintaneja, Violeira, Missas, Festa Junina, Caminhada da Penha, no Revelando SP e em outros diversos eventos em todo estado.



    Recentemente, Toninho recebeu homenagens pelo seu papel na preservação da cultura caipira, sendo reconhecido pelo Projeto “Prosa Sertaneja” do saudoso amigo Diamantino e apresentando-se no Auditório Municipal com o Projeto “Saudades do Meu Rádio Caipira”. Agora, sua história e a de seus colegas de grupo serão imortalizadas em um documentário dirigido por Jesse James e produzido por Patrícia Lima, integrantes do programa “Lembranças de Votorantim”.



    Essa imersão nos relatos e vivências de Toninho Teles não apenas resgata memórias preciosas, mas também celebra a riqueza cultural e o legado das tradições caipiras, enaltecendo a identidade local e promovendo sua preservação para as futuras gerações. (Por Jesse James)


     








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