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Votorantim,17/07/2025

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    Gestantes se mobilizam para garantir o direito à acompanhante na maternidade de Votorantim

    Fonte: Divulgação
    Gestantes se mobilizam para garantir o direito à acompanhante na maternidade de Votorantim Grávidas se queixaram do não cumprimento da lei que garante presença de acompanhantes









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    Gestantes reclamaram que a maternidade do Hospital Municipal de Votorantim “Dr. Lauro Roberto Fogaça” estaria desrespeitando a lei federal nº 11.108/2005, que garante a presença de acompanhante quanto elas procuram o serviço na hora do parto ou situações de urgência/emergência.


    O assunto ganhou repercussão por meio das redes sociais há alguns dias e também chegou à redação da Gazeta de Votorantim. Pela lei é garantido o direito de a gestante ter acompanhante no pré-parto, parto e pós-parto de sua livre escolha, independentemente de gênero. No entanto, as gestantes que procuram o serviço público na maternidade municipal dizem que recebem como resposta, quando tentam exercer esse direito, que existe uma outra orientação jurídica, que impediria o cumprimento da lei federal.



    Em sua rede social, Lara Silva, doula e consultora em aleitamento materno, explicou a situação em postagem feita em 7 de julho:“Tem duas semanas que várias gestantes me trouxeram a mesma pergunta sobre acompanhante no hospital na hora do partoPela lei é garantido o direito da gestante ter acompanhante no pré-parto, parto e pós-parto, devo ressaltar que o acompanhante deve ser de livre escolha da gestante independentemente de gênero, isso é uma lei federal, válida para todo o território nacional. Gestantes me relataram que,em contato com o hospital, a resposta foi que não pode ter acompanhante e que até tem uma lei para impedir o acompanhante. E, eu como doula da cidade, que atendendo partos nesse hospital, gostaria de ter acesso a essa lei até hoje desconhecida por mim”.



    Na mesma publicação, Lara disse que gostaria que sua publicação “chegasse a alguém que tenha algum poder para a resolução da situação, de dizer que é um crime tirar de uma gestante o direito de estar acompanhada no momento de seu parto”. Ela diz: “Todos nós nascemos, todos conhecemos alguém que é, foi ou será mãe um dia, peço que se coloquem no lugar dessas gestantes e se imaginem sozinhas com contrações que muitas vezes não sabemos lidar. Por mais que o hospital disponha de uma equipe muito preparada e até mesmo de doulas que trabalham na instituição, a gestante precisa de acolhimento de alguém que a conheça profundamente”, advertiu.



    Na terça-feira (13), a Gazeta de Votorantim enviou o seguinte questionamento à Prefeitura de Votorantim, via e-mail: “A Prefeitura tem conhecimento das reclamações das gestantes?; Procede a reclamação?; Existe outra orientação jurídica em vigor?; A Prefeitura tem alguma orientação a fazer às gestantes?. Porém, até o fechamento desta edição, a Prefeitura não respondeu aos questionamentos.



    No entanto, em nova postagem nas redes sociais, feita na quinta-feira (15), Lara Silva escreveu a seguinte mensagem: “Gestantes.A situação dos acompanhantes na maternidade de Votorantim enfim está resolvida. A lei federal do acompanhante será cumprida novamente em nossa cidade. Lembrando que o acompanhante deve ser de escolha da mulher, independentemente de gênero, e lembrando também que o acompanhante pode acompanhar a gestante em todos os procedimentos, inclusive no centro cirúrgico se for uma cesárea. Tudo isso garantido pela lei federal 11.108/2005. Gratidão a todos que compartilharam a publicação e também ao vereador Murilo Piatti e ao Sandro Batista que se disponibilizaram a ajudar nessa causa. O vereador também se disponibilizou a atender qualquer reclamação das gestantes usuárias da maternidade de Votorantim. Não deixem de relatar como foram atendidas. Boa sorte e boa hora a todas”, concluiu Lara.



    O vereador Murilo Piatti (PSDB), em texto divulgado à imprensa, informou que esteve com gestantes na última quarta-feira (14) para tomar conhecimento da situação. Segundo ele, uma reunião foi agendada com Instituto Moriah, administrador do Hospital Municipal de Votorantim, para tentar entender qual era motivo da não liberação do acompanhante."É um absurdo precisarmos cobrar algo que já é direito concedido a essas mães. O momento de dar à luz é um momento muito delicado e esperado, precisa ser levado a sério e tratado de forma segura. Não há motivos para negar a presença de um acompanhante. É o mínimo a ser feito para transmitir segurança as gestantes", afirmou Murilo Piatti.









    Reportagem publicada na página 04 da edição 422 da Gazeta de Votorantim de 17 a 23 de julho de 2021.




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