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Votorantim,24/07/2025

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    Lei Cão-Guia comemora 20 anos, mas preconceito persiste

    É preciso reforçar o direito à circulação livre garantido por lei federal

    Fonte: Assessoria de imprensa
    Lei Cão-Guia comemora 20 anos, mas preconceito persiste Divulgação

    “Eu já perdi as contas de quantas vezes tive problemas para entrar em lugares ou pegar um carro de aplicativo. Estou no segundo cão-guia, e as coisas melhoraram, mas lentamente”, diz a tutora da Zuca, Jucilene Braga Rodrigues, de 44 anos, moradora de Salto de Pirapora, interior de São Paulo.
    Apesar da Lei Federal nº 11.126/2005, que garante o direito de pessoas com deficiência visual acompanhadas de cão-guia circularem livremente em espaços públicos e privados de uso coletivo, existir há duas décadas, casos de discriminação e barreiras de acesso ainda são frequentes em diversas regiões do Brasil.
    A mobilidade e autonomia de pessoas com deficiência visual dependem do respeito às necessidades individuais, e as leis asseguram isso. No entanto, episódios recentes em aeroportos, comércios e serviços de transporte, têm mostrado que, mesmo após 20 anos, muitos estabelecimentos não respeitam o direito de circulação garantido pela legislação.
    “Sempre que chego em um restaurante, geralmente eu preciso explicar, dizer que não é um cão de estimação. Recentemente, uma conhecida minha, que também é tutora de um cão- guia, foi impedida de entrar em um restaurante por estar acompanhada do cão”, lamenta Jucilene.
    A lei assegura que o acesso do cão-guia é permitido em todos os locais públicos, privados de uso coletivo, e meios de transporte, sem que o tutor seja impedido ou penalizado pela presença do animal. A entrada ou permanência do cão não pode ser condicionada ao pagamento de taxas adicionais.
    “O cão-guia é uma ferramenta de inclusão, pois é fato que pessoas com deficiência que são tutoras, têm vida social mais intensa. O resultado, é a melhora da autoestima e confiança. Na verdade, o cão-guia tem passe livre em praticamente todos os lugares, a não ser em ambientes que precisem de assepsia, como unidades de terapia intensiva. Mas acredito que muito do preconceito vem do desconhecimento”, reflete Fabiano Pereira, instrutor de cão-guia e responsável técnico do Instituto Adimax, localizado em Salto de Pirapora e maior centro de treinamento de cães-guias da América Latina.
    Diante dessa realidade, algumas empresas e entidades têm realizado campanhas educativas na tentativa de modificar o olhar das pessoas para a deficiência como um todo. No caso do Instituto Adimax, além de promover visitas guiadas à sede, para que a população compreenda o treinamento e importância de um cão-guia, ainda disponibiliza em eventos, espaços públicos e empresas, um túnel sensorial móvel, que permite ao usuário vivenciar a experiência de não enxergar. “Esperamos que essas ações despertem a consciência e empatia no maior número de pessoas, pois experimentam mesmo que por um breve espaço de tempo, o que uma pessoa com deficiência visual vive na pele diariamente”, salienta Camila Candunzin, coordenadora de Relações Institucionais do Instituto Adimax,

    É importante lembrar que caso a pessoa com deficiência compreenda que foi desrespeitada em seus direitos, é amparada por outras normas complementares, como o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), que reforça o direito à acessibilidade plena. Ela poderá ainda fazer a denúncia nos canais do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, na Ouvidoria da Pessoa com Deficiência, ou em delegacias comuns com base na lei vigente.
    Para Jucilene, o caminho da conscientização ainda é longo, pois muitas barreiras precisam ser rompidas.” Na verdade, o que gostaríamos é que as pessoas entendessem que queremos somente o direito de ir e vir, e que o cão-guia representa nossos olhos nesse processo”.

    Sobre o Instituto Adimax
    Localizada em Salto de Pirapora, interior de São Paulo, a sede conta com uma estrutura completa. São 15 mil metros quadrados, com maternidade, canil, clínica veterinária, centro cirúrgico, área de soltura, lazer e treinamento, prédio administrativo e hotel para receber futuros usuários de cães-guias, e uma equipe multidisciplinar, distribuída nas áreas de saúde e bem-estar, equipe técnica, administrativo, relações institucionais, assistência socia, responsabilidade social e operacionais, totalizando 53 colaboradores.
    O propósito do Instituto é apoiar a inclusão de pessoas com deficiência ou em situação de vulnerabilidade e o bem-estar animal.
    Antes de chegarem ao seu destino, os cães são acolhidos por famílias voluntárias onde ficam pelo período de um ano. O papel dos socializadores é expor os animais às mais diversas situações do cotidiano, para promover seu desenvolvimento e acostumá-los à rotina. Além, é claro, de dar a eles tempo e amor. Depois desse período, os cães voltam para o instituto e ficam entre 4 e 6 meses em treinamento. Após formados, poderão ser doados para dar início a missão: transformar a vida de pessoas com deficiência visual.
    Além do Programa Cão Guia o Instituto conta com outros 11 programas sociais que tem como finalidade a inclusão social e cuidado de pessoas em vulnerabilidade.
    A entrega do cão guia é feita de forma totalmente gratuita aos candidatos que preencham os requisitos do Programa. A inscrição é feita diretamente no site: www.institutoadimax.org.br na aba cão guia.

    Fonte: Assessoria de imprensa




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