Audiências públicas sobre o orçamento revelam pretensões do governo para os próximos anos
Entre as propostas, está a arrecadação com multas de radares e a retirada total da responsabilidade do município pela merenda das escolas estaduais

A Câmara Municipal de Votorantim realizou na quarta-feira (17), em dois horários, às 10h e às 19h, as audiências públicas para discussão do Plano Plurianual (PPA) 2026-2029. A Prefeitura de Votorantim apresentou o documento com a projeção financeira de 2026 a 2029 que prevê receitas totais de R$ 3,29 bilhões para os próximos quatro anos.
Já na sexta-feira (19), foram realizadas as audiências com a apresentação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2026.
As audiências aconteceram no plenário da Casa de Leis e foram conduzidas pelo vereador Diego da Padaria (Podemos), presidente da Comissão de Finanças e Orçamentos. Por parte do Executivo, o Secretário Municipal de Finanças Interino, Elmo Esteves de Souza Júnior; o Secretário de Administração, Cláudio Toledo; o Diretor de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura, Leandro Rodrigues, além de Roberto Dias da Silva e Viviane Santos, apresentaram todos os números e detalhes técnicos do planejamento.
De acordo com a estimativa apresentada nas audiências públicas, a principal fonte de recursos virá das transferências correntes, que devem alcançar R$ 1,84 bilhão entre 2026 e 2029. Os impostos, taxas e contribuições municipais estão projetados em R$ 983 milhões. Também entram na conta as receitas de serviços, patrimônio, contribuições e repasses intraorçamentários.
Durante as audiências, o governo revelou que planeja a aplicação de multas através de radares de velocidade, inclusive considerando essa arrecadação já para 2026. Com o valor, a proposta é realizar atividade educativas sobre segurança no trânsito.
Outro dado apontado, é que não está previsto para os próximos anos a fonte de recurso destinada pelo Governo do Estado de São Paulo para o fornecimento de merenda para as escolas estaduais. A Secretaria de Educação do município já informou o governo que não quer continuar tendo essa atribuição e aguarda o retorno estadual.
As peças orçamentárias seguem agora para análise dos parlamentares e a Comissão de Finanças e Orçamento tem 15 dias para emissão de parecer final e conclusivo sobre os Projetos, que devem ser colocados em pauta para apreciação e votação nas próximas sessões.
COMENTÁRIOS