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Prefeitos, secretários municipais de Segurança e Educação e as forças policiais de toda a Região Metropolitana de Sorocaba (RMS) participaram de reunião nesta terça-feira (11), no Salão de Vidro da Prefeitura de Sorocaba, para lançar, em conjunto, uma cartilha de segurança e outras ações emergenciais para implantação nas escolas públicas (municipais e estaduais) e particulares dos 27 municípios integrantes.

O prefeito de Sorocaba e presidente da RMS, Rodrigo Manga, recebeu a prefeita de Votorantim e vice-presidente da RMS, Fabíola Alves; e os prefeitos de Sarapuí, Tatuí, Tietê, Pilar do Sul, Alambari, Alumínio, Boituva, Capela do Alto, Cesário Lange, Iperó, Jumirim, Mairinque e Tapiraí, além de secretários municipais de Itapetininga, Ibiúna, Araçariguama, Piedade e Cerquilho.

Ainda, representando todas as forças policiais da região, estiveram o Comandante da GCM (Guarda Civil Municipal) de Sorocaba, Davi Dutra; o Comandante do 7º BPM-I (Batalhão da Polícia Militar do Interior), Tenente-Coronel Sidney Gomes; o Tenente-Coronel do CPI-7 (Comando de Policiamento do Interior), Glauco Alves; o delegado diretor do Deinter 7 (Departamento de Polícia Judiciária Interior), Dr. Wilson Roberto Negrão; e o delegado seccional do Deinter 7, Dr. José Urban Filho; mais o diretor-adjunto da Agência Metropolitana (AGEM) Sorocaba, Otávio Cristofano, e a assessora técnica da AGEM Sorocaba, Sandra Lanças.

“Organizamos esta reunião porque o momento requer ações emergenciais e, respeitando as particularidades de cada município, feitas em conjunto, para garantir que haja segurança nas escolas municipais, estaduais e particulares em todas as cidades da nossa região. O alerta gerado, com as notícias recentes em outras partes do País, requer nossa máxima atenção e articulação”, disse o prefeito de Sorocaba e presidente da RMS, Rodrigo Manga, ao abrir as explanações do encontro.

A prefeita de Votorantim e vice-presidente da RMS, Fabíola Alves, reforçou a necessidade de os municípios decidirem, juntos, quais serão as medidas a serem adotadas de forma preventiva e combativa nas escolas. “Temos algumas experiências no nosso município, como o videomonitoramento nas escolas. É essencial trocarmos informações, experiências e ajudarmos uns aos outros. Estamos aqui dispostos a ajudar”, enfatizou.

Vários outros prefeitos também aproveitaram a oportunidade para descrever a realidade vivenciada em suas cidades, no que tange à segurança nas escolas, e também puderam fazer várias sugestões voltadas a esse propósito, tais como: a necessidade de maior participação das famílias no dia a dia escolar, a troca de informações entre as forças de segurança das cidades, uso de recursos tecnológicos, como um “botão do pânico”, que estaria disponível nas escolas e em contato direto com a polícia, o apoio do departamento de Saúde Mental nas instituições de ensino, dentre outras relevantes.

Em Sorocaba, o prefeito Rodrigo Manga já determinou, por exemplo, a compra, em caráter emergencial, de detectores de metal para serem utilizados nas entradas das unidades escolares. A medida soma a outras providências já tomadas na cidade, como a contratação de vigias para todas as escolas da rede municipal e reforço na ronda escolar.

Somando-se às várias experiências relatadas pelos prefeitos dos diferentes municípios da RMS, todos os representantes das forças policiais reforçaram, durante o encontro, a importância de se combater, com veemência, inclusive com o apoio da imprensa, a propagação de boatos e notícias falsas (as chamadas fake news) acerca desse tema.

“Antes de compartilhar notícias preocupantes sobre isso, é essencial recorrer às autoridades policiais para verificar a veracidade dos fatos. A população também pode agir preventivamente, informando qualquer situação ou atitude suspeita, utilizando para isso o Disque-denúncia, pelo telefone 181”, alertou o Tenente-coronel do CPI-7, Glauco Alves.

As falas das autoridades reforçaram que o momento exige seriedade, “sem espaço para brincadeiras”, enfatizaram. Inclusive, notícias falsas espalhadas nas redes sociais envolvendo a questão da segurança nas escolas motivaram a expedição de cinco mandados de prisão aos autores, em Sorocaba, nesta terça-feira (11). Ainda, a inteligência das forças policiais interceptou a tentativa de alunos de uma escola municipal de Sorocaba de adentrarem a unidade portando facas, o que foi imediatamente contido e todas as providências cabíveis tomadas, inclusive junto às famílias dos estudantes.

“É muito importante essa reunião, para que a gente possa discutir essa situação, sensibilizar as pessoas a respeito e, principalmente, trabalhar em conjunto. Porque precisa acontecer uma união de esforços das Polícias, do Poder Público e da comunidade. Que os pais estejam mais próximos de seus filhos e acompanhem sua rotina escolar. É muito importante, como foi falado, aqui, a participação dos pais e responsáveis na vida dos filhos”, avaliou o delegado diretor do Deinter 7, Wilson Roberto Negrão.

Ao fim da reunião, o prefeito de Sorocaba e presidente da RMS, Rodrigo Manga, listou uma série de 10 medidas que foram sugeridas e definidas pelos participantes como prioritárias e emergenciais a serem adotadas pelos municípios em conjunto, ou de forma individual, a partir de recursos próprios ou recorrendo à ajuda do governo estadual. O grupo de prefeitos também agendará, logo mais, uma reunião a respeito com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. As medidas também deverão se estender às escolas particulares dessas cidades, a partir de Projetos de Lei dos Executivos de cada município, os quais deverão ser aprovados pelas Câmaras Municipais, a exemplo de Sorocaba.

Confira a lista das 10 medidas prioritárias e emergenciais definidas para as escolas:

1. Palestras e treinamentos em segurança nas escolas para os municípios;

2. Videomonitoramento nas unidades escolares;

3. Formação de um Grupo de Trabalho, envolvendo secretários de Segurança e Educação das cidades da região, em parceria com as Guardas Civis Municipais, a Polícia Militar e a Polícia Civil;

4. Contratação de vigias nas escolas;

5. Instalação de detectores de metal nas entradas e saídas das unidades escolares;

6. Realização de rondas ostensivas nos arredores das escolas;

7. Instalação do “Botão do Pânico” nas escolas em contato direto com as polícias;

8. Inteligência das polícias monitorando as redes sociais;

9. Criação de Projetos de Lei que regulamentem essas ações também para as escolas particulares;

10. Campanha de comunicação maciça nos municípios, divulgando o Disque-Denúncia: 181.

Fonte: Prefeitura de Sorocaba